As principais notícias do mercado imobiliário entre 19 de junho e 25 de junho de 2025, comentadas por nossos especialistas
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O aumento na taxa básica de juros (Selic), tem obrigado incorporadores a atuarem em segmentos menos dependentes do SBPE, como os programas sociais e segmento de luxo.
Na última quarta-feira, 18/06, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa SELIC para 15% ao ano, encerrando o ciclo de cortes iniciado em 2024. Embora o Banco Central tenha sinalizado que esse deve ser o teto da taxa, os juros altos já vêm redesenhando o comportamento do mercado imobiliário. Com o financiamento mais caro, os empreendimentos de médio e alto padrão enfrentam maior dificuldade de absorção, enquanto os segmentos econômico e de luxo seguem com desempenho mais resilientes. A executiva Bianca Setin, da Setin Incorporadora, destacou que, diante desse cenário, há uma tendência de concentração de investimentos nos extremos do mercado.
Para as incorporadoras, o ambiente exige ajuste de portfólio e cautela no lançamento de produtos voltados à classe média, que está mais exposta ao encarecimento do crédito. Já imobiliárias e corretores precisam adaptar suas estratégias, no segmento econômico o foco é em volume e acesso aos subsídios, no segmento luxo uma abordagem mais consultiva e um marketing personalizado ganham ainda mais relevância. Entender os efeitos da Selic, sobre o poder de compra do cliente e diversificar soluções financeiras são diferenciais competitivos no fechamento dos negócios.
Leia mais: https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/20733/nota
Governos estaduais e municipais estão ampliando o subsídios regionais em sinergia com o MCMV.

Com o crédito tradicional cada vez mais caro, os programas habitacionais com subsídios voltados ao público de menor renda têm ganhado mais representatividade. Segundo levantamento do portal Metro Quadrado, em algumas regiões os subsídios regionais já representam até 21% das vendas das incorporadoras. Essa dinâmica reflete a busca por alternativas de financiamentos mais viáveis para as famílias de menor renda, fortalecendo o papel do MCMV e outras iniciativas locais como motores da demanda do segmento popular.
Para as incorporadoras, o cenário reforça a importância com entes públicos e de uma engenharia financeira mais robusta, para viabilizar projetos dentro das faixas de subsídio. Imobiliárias e corretores que atuam nesse nicho devem se especializar nas regras dos programas e oferecer consultoria ativa para auxiliar o cliente na obtenção do benefício, conhecimento que pode ser decisivo para converter o interesse em negócio.
Leias mais: https://metroquadrado.com/residencial/subsidios-regionais-atingem-ate-21-das-vendas-entre-incorporadoras/

Mesmo com variações positivas, mercado de imóveis comerciais mostra desaceleração em Maio, segundo FipeZap.
O Índice FipeZAP de maio de 2025 aponta uma desaceleração nos preços dos imóveis comerciais, tanto para venda quanto para locação. Com os preços de venda avançando em 0,18% e os de locação, 0,62% no mês. Isso indica um abrandamento no ritmo de valorização do segmento, embora os preços ainda se mantenham em crescimento com variação 1,42% para venda e 7,30% para locações comerciais.
Para corretores e imobiliárias, o cenário sugere boas oportunidades no mercado de locação, que segue aquecido e com potencial de atrair investidores em busca de renda passiva. Já no mercado de compra e venda, o ritmo mais moderado exige maior sensibilidade na precificação e na argumentação de valor, especialmente em cidades onde a valorização perdeu força. Para as incorporadoras, a desaceleração nos preços de venda é um sinal de alerta para avaliar com mais critério a viabilidade de novos empreendimentos, o posicionamento dos lançamentos e a vacância atual, priorizando locação e rentabilidade via aluguel.
Leia mais: https://www.datazap.com.br/conteudos-fipezap/