TALK TO A REPRESENTATIVE
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DataZAP Report #72

16/07/2025
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DataZAP Report #72

16/07/2025

Como o “Tarifaço do Trump” afeta o mercado imobiliário.

A recente notícia das tarifas de 50% de Donald Trump sobre produtos brasileiros, poderá impactar principalmente (agronegócio e aço) a economia nacional e por consequência, o mercado imobiliário, mesmo sem alta dependência dos EUA. Em um cenário de inflação, juros já pressionados e câmbio instável, a expectativa é de alta do dólar, encarecendo o custo de vida e os insumos da construção. Isso resultará em menor previsibilidade e apetite por risco, além de dificultar o acesso ao crédito e forçar a manutenção ou elevação da taxa Selic.

O “Tarifaço” de Trump, se implementado, poderá gerar insegurança econômica no Brasil, com possíveis impactos como a elevação do dólar e da inflação, além de manter ou até aumentar a taxa Selic. Isso poderá implicar no encarecimento do crédito imobiliário, na redução da demanda por imóveis e no aumento dos custos de construção. Imobiliárias e corretores poderão enfrentar menor procura e dificuldade em fechar negócios. Incorporadoras poderão ver custos elevados, dificuldade de financiamento e redução de lançamentos, exigindo adaptação rápida e cautela para evitar riscos desnecessários.


Mercado de aluguel por temporada: novas regras.

A proposta em debate visa proibir a locação de curta duração,  em condomínios residenciais como regra geral, só permitindo-a se houver autorização expressa em convenção ou por assembleia. Essa medida busca trazer segurança jurídica e tranquilidade aos moradores, alinhando-se ao entendimento do STJ de que a alta rotatividade de hóspedes descaracteriza o uso residencial do imóvel, impactando o sossego e a segurança do condomínio. Atualmente, a prática é permitida se não há proibição explícita.

A nova legislação sobre aluguéis de curta duração exigirá uma adaptação estratégica tanto de imobiliárias e corretores quanto de incorporadoras. Para os primeiros, o foco se deslocará para uma consultoria especializada, baseada no profundo conhecimento das convenções de cada condomínio, transformando a restrição em uma oportunidade de nicho. Já as incorporadoras serão incentivadas a inovar, desenvolvendo empreendimentos com regras claras desde o lançamento, segmentando o mercado entre o residencial tradicional e o de moradia flexível para obter vantagem competitiva. Em suma, a mudança força o mercado imobiliário a se profissionalizar e a se segmentar, movendo-se de uma zona de incerteza jurídica para um cenário de especialização e desenvolvimento de novos produtos direcionados.


Mercado de aluguel residencial sobe 0,51% em junho, e fecha semestre com sólida valorização.

O Índice FipeZAP de junho de 2025 aponta uma desaceleração no ritmo de alta do aluguel residencial. Com um avanço de 0,51% no mês, o resultado mostra uma perda de força em relação aos meses anteriores, embora o acumulado do ano (+5,66%) e dos últimos 12 meses (+11,02%) ainda se mantenham acima da inflação registrada no período.

Para corretores e imobiliárias, embora a desaceleração do aluguel e a rentabilidade (5,93% a.a.) se mantenham abaixo de certas aplicações financeiras, a estratégia deve focar em demonstrar que o valor de aluguel segue sendo uma renda estável e lucrativa, e também na eficiência da gestão para minimizar a vacância, que se torna um ponto crítico. Para as incorporadoras, a perda de fôlego na valorização do aluguel é um sinal de alerta. Precisando de uma abordagem mais consultora mostrando as vantagens para os investidores que compram imóveis na planta visando renda passiva. Torna-se crucial avaliar a demanda real por locação em cada região e ajustar o perfil dos lançamentos, possivelmente oferecendo diferenciais de gestão ou serviços para garantir a atratividade e a rentabilidade dos projetos.


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