TALK TO A REPRESENTATIVE
Datazap Report

DataZAP Report #86

22/10/2025
Datazap Report

DataZAP Report #86

22/10/2025

As principais notícias do mercado imobiliário entre 16 e 22 de outubro, comentadas por nossos especialistas.

Caixa amplia crédito habitacional: Financiamento sobe para 80% e teto do SFH chega a R$2,25 Milhões.

A Caixa Econômica Federal implementou mudanças significativas nas regras de crédito habitacional, elevando a cota máxima de financiamento de 70% para 80% do valor do imóvel e aumentando o teto do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$1,5 milhão para R$2,25 milhões. As medidas têm como foco beneficiar famílias de classe média com renda mensal acima de R$12 mil, que não se enquadram no programa Minha Casa Minha Vida ampliando o uso do FGTS para a compra de imóveis de maior valor. A previsão é injetar R$20 bilhões no setor e financiar 80 mil novas moradias até 2026.

Estas novas regras terão um impacto significativo no mercado imobiliário: imobiliárias e corretores verão um aumento na demanda e na liquidez, especialmente para imóveis de médio e alto padrão, exigindo atualização e capacitação para atender às novas condições. Incorporadoras serão estimuladas a lançar novos projetos, focando em segmentos beneficiados, e experimentarão uma melhora no fluxo de caixa devido à maior facilidade de acesso ao crédito pelos compradores, proporcionando um horizonte de planejamento mais estável.

Em suma, as medidas da Caixa representam um esforço coordenado para dinamizar o mercado imobiliário brasileiro, tornando o acesso à moradia mais flexível e impulsionando o setor como um todo. A fase de teste até 2026 permitirá ajustes para um funcionamento pleno em 2027, consolidando um ambiente mais favorável para compradores e profissionais do setor.


Tokenização Imobiliária: A revolução digital que democratiza investimentos no Brasil.

A tokenização imobiliária emerge como uma revolução tecnológica que promete democratizar e acelerar o mercado de propriedades brasileiro. Através da tecnologia blockchain, esta inovação fragmenta imóveis em frações digitais (tokens), permitindo que qualquer pessoa invista pequenas quantias em propriedades antes exclusivas a grandes investidores. O principal desafio no Brasil reside em estabelecer diretrizes jurídicas sólidas e garantir a equivalência legal entre tokens e matrículas de imóveis. Nesse cenário, CVM e Cofeci já trabalham ativamente para integrar esta nova modalidade ao cenário regulatório brasileiro.

Para imobiliárias e corretores, a tokenização representa novas possibilidades de negócio. A intermediação de frações digitais expande dramaticamente o público investidor, enquanto a maior liquidez do mercado, com transações quase instantâneas, dinamiza vendas e locações. O sucesso, porém, exige capacitação técnica e domínio das novas regulamentações, especialmente quanto à segurança jurídica e à custódia digital dos ativos.

Incorporadoras encontram na tokenização uma via inovadora para captação de recursos. O financiamento de projetos através de vendas fracionadas atinge um grupo muito mais amplo de investidores, incluindo pequenos aportes que antes eram inviáveis. O resultado é transformador, processos de captação mais ágeis, menos burocráticos, com transparência e segurança ampliadas impulsionando a modernização completa do setor.


A tokenização não é apenas uma tendência tecnológica, é um novo modelo de acesso, liquidez e confiança, que redefine a forma como o valor imobiliário é criado, negociado e compartilhado.


Índice de Lançamentos Imobiliários DataZAP: A Valorização do Mercado no 3º Trimestre de 2025

O Índice de Lançamentos Imobiliários, indica que, ao longo do último ano, o mercado brasileiro vem sustentando um ritmo consistente de valorização (+12,98%), superando o INCC (+7,14%) e evidenciando resiliência diante das mudanças econômicas nacionais que impactam o setor. Ainda assim, o resultado deste trimestre revela um avanço ligeiramente inferior ao observado no último relatório, de julho de 2025, sinalizando um arrefecimento gradual de crescimento. 

O Rio de Janeiro se destaca pela forte valorização, impulsionada pelos segmentos médio-alto e de luxo, que permanecem aquecidos no mercado carioca. Campinas, por sua vez, mantém um ritmo constante de crescimento, com variações concentradas no segmento econômico, enquanto o luxo segue estável. Já Curitiba se consolida como um mercado versátil, registrando valorização expressiva em todos os segmentos, do econômico ao luxo, o que amplia o potencial de atuação de corretores e imobiliárias. 

No segmento de luxo, em específico, o Nordeste se destaca com Recife, que registrou a maior variação de preços do país (+44,38%), consolidando-se como um mercado promissor para imóveis de alto padrão. Fortaleza, por sua vez, manteve estabilidade nesse segmento.

Sob a perspectiva de preços medianos, Porto Alegre mantém o ticket mais elevado do país, reforçando seu perfil de mercado maduro e de alto valor agregado. Na sequência, figuram Curitiba e Belo Horizonte.

Os resultados deste relatório oferecem insights estratégicos para diferentes agentes do setor. Para corretores e imobiliárias, o momento é oportuno para revisar estratégias de precificação, acompanhando a tendência de valorização, mas também de arrefecimento nas principais praças, ampliar  o portfólio em mercados em ascensão, como Rio de Janeiro, Campinas, assim como Curitiba até as cidades do nordeste, que apresentam oportunidades em praticamente todos os segmentos e destacar  o potencial de valorização como argumento comercial junto a clientes e investidores.
Para incorporadoras, os dados reforçam a importância de diversificar o portfólio regional, alinhando posicionamento dos produtos, ao perfil de valorização e público-alvo. 


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