TALK TO A REPRESENTATIVE
Datazap Report

DataZAP Report #93

10/12/2025
Datazap Report

DataZAP Report #93

10/12/2025

As principais notícias do mercado imobiliário entre 3 a 10 de dezembro, comentadas por nossos especialistas.

PIB em 0,1% no terceiro trimestre de 2025 aquece expectativas para o crédito imobiliário

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou um crescimento de apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, um resultado que ficou abaixo das expectativas do mercado. A desaceleração foi marcada pela estabilidade do setor de Serviços, o de maior peso na economia, e pelo crescimento fraco do Consumo das Famílias (+0,1%), o menor desde o início de 2021. Em contrapartida, a Indústria e a Construção Civil demonstraram resiliência, impulsionadas pelo investimento e pela Formação Bruta de Capital Fixo, com o segmento de Atividades Imobiliárias registrando um crescimento positivo de 0,8% no trimestre.

Para o setor imobiliário, o cenário é de impactos mistos, mas com um horizonte de melhora. O resultado do PIB abaixo do esperado reforça a expectativa de que o Banco Central  acelere o ciclo de corte da taxa Selic, o que é altamente positivo para esse mercado. Juros mais baixos reduzem o custo do crédito imobiliário para compradores e o custo de captação para incorporadoras, melhorando a viabilidade de novos projetos e estimulando a demanda. Contudo, a baixa confiança e a deterioração da capacidade de compra do consumidor, refletidas no fraco consumo das famílias, podem gerar cautela nos compradores de imóveis de médio e alto padrão, exigindo maior esforço de vendas por parte de imobiliárias e corretores.

Em suma, o mercado imobiliário encontra-se em um ponto de inflexão. Embora a economia geral sinalize desaceleração, o setor possui fatores internos de resiliência, como o crescimento da construção e das atividades imobiliárias. A chave para destravar a demanda e o investimento em 2026 residirá na velocidade e na intensidade dos cortes na taxa básica de juros, que poderão mitigar os efeitos da menor capacidade de consumo das famílias e consolidar a trajetória de crescimento do setor.


Senado aprova proibição de dinheiro em espécie na compra e venda de imóveis 

A comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou na última quarta-feira (26/11/2025) um projeto de lei que veda o uso do dinheiro em espécie em transações imobiliárias, ou seja, operações de compra e venda de imóveis, independentemente do valor.  

A proposta prevê que o Conselho Monetário Nacional (CMN), em conjunto com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), definam regras e limites para demais pagamentos em espécie por meio de bancos e instituições financeiras, estabelecendo um teto para uso de “dinheiro vivo” no país.

Segundo o relator, Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) , a mudança busca fortalecer mecanismos de combate à lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e ocultação de patrimônio – práticas historicamente facilitadas por transações em espécie e sem rastreio. 

A aprovação, por ora, ocorre em comissão. Ainda será necessário novo turno de votação na CCJ, antes de o texto seguir para a Câmara dos Deputados. Se aprovado, a mudança poderá transformar a rotina dos corretores, compradores e incorporadoras, exigindo que todas as transações imobiliárias sejam realizadas por meios rastreáveis, como transferências bancárias, PIX, TED etc.


O que os donos de imóveis de luxo no Brasil têm feito para cortar custos e liberar capital?

Proprietários de imóveis de luxo no Brasil têm adotado uma estratégia pouco convencional: vender suas residências de alto padrão a Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs), mas continuar morando nelas pagando aluguel.

Por meio desse esquema de “sale and lease back” os antigos donos transformam ativos de alto valor e pouca liquidez em dinheiro disponível de forma imediata, sem abrir mão do padrão de vida, da localização ou do imóvel em si.

A transação permite que muitos custos de manutenção como IPTU, serviços, segurança e conservação, deixem de ser responsabilidade do proprietário, passando para o Fundo.
Especialistas apontam que essa mudança de lógica evidencia uma nova mentalidade: quem detém património de valor elevado começa a valorizar mais a “liquidez e flexibilidade” do que a posse estática de bens.

Leia mais: https://einvestidor.estadao.com.br/investimentos/classe-aaa-vende-imoveis-de-luxo-a-fundos-imobiliarios-fiis/


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