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Radar Imobiliário

19ª Edição – Radar Imobiliário

01/11/2022
Radar Imobiliário

19ª Edição – Radar Imobiliário

01/11/2022

Conheça as variações anuais entre bairros na participação da demanda por imóveis anunciados em nossos portais nas cidades de Poços de Caldas (MG) e Cascavel (PR).

De olho em 2023

Na última edição desta nossa série, a carta trouxe como tema a centralidade das contas públicas brasileiras para o mercado imobiliário. Não somente devido à importância na determinação dos níveis de taxa de juros e inflação, mas também porque o setor público é muito presente nos diversos segmentos e níveis do mercado. Neste mês, por exemplo, o governo anunciou uma nova medida para trazer uma maneira de usar o FGTS futuro no financiamento de imóveis.


A medida ilustra como a atuação governamental impacta diretamente o setor imobiliário imóveis ficarão mais acessíveis para quem tem acesso ao FGTS (trabalhadores formais). Dessa forma, a medida deve impulsionar em grau ainda desconhecido alguns segmentos do mercado de compra e venda residencial. No entanto, desconsiderando possíveis medidas e ações como essa, esperamos impulsão da macroeconomia brasileira sobre o setor imobiliário bastante restrita em 2023.


O arrefecimento do distanciamento social ao longo de 2022 permitiu uma retomada econômica de diversas atividades que foram restringidas pela pandemia, o que configurou um impulso razoável para a economia brasileira neste ano. Ademais, a Selic, a taxa básica de juros, só deve voltar a cair no segundo semestre, quando a taxa provavelmente recuará de forma lenta. Portanto, a política monetária também não atuará como um propulsor da atividade econômica nacional. O lado fiscal também já está bastante pressionado, e após um ano eleitoral e sem crise sanitária, não deve haver estímulo por esse canal.


Finalmente, a inflação global tem acarretado em aumento das taxas de juros nas principais economias do planeta, o que tende a desacelerar a economia do mundo. Assim, os ventos externos dificilmente ajudarão o crescimento doméstico em 2023.


Para o mercado imobiliário, a perspectiva de baixo crescimento e permanência da taxa de juros no patamar atual também significa algum grau de manutenção. Do lado de compra e venda, deve se manter o processo de acomodação do número de transações depois do boom durante a pandemia, com recuos pequenos, mas permanência da atividade acima dos níveis históricos.


Já os preços de locação residencial devem desacelerar, visto que não haverá o impulso da retomada da economia e a inflação deve viger a níveis mais baixos. Contudo, com o mercado de trabalho começando 2023 melhor que 2022 não esperamos recuos nos níveis de atividade do segmento.

Pedro Tenório, em nome do DataZAP+

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