FALE COM O ESPECIALISTA
Datazap Report

DataZAP Report #68

18/06/2025
Datazap Report

DataZAP Report #68

18/06/2025

Mudança do financiamento imobiliário em vista no Brasil.

O motor que por anos impulsionou o crédito imobiliário no Brasil está perdendo força. O Banco Central reconheceu que o modelo tradicional, baseado nos recursos da poupança, vem diminuindo com o passar dos anos. 

Uma das principais propostas é liberar parte dos depósitos compulsórios, uma reserva de dinheiro que os bancos mantêm no BC, e direcioná-la para o setor habitacional.

Contudo, a proposta enfrenta resistência. Bancos e incorporadoras alertam que a medida pode ser um alívio apenas temporário e ineficaz no cenário econômico atual.

Essa mudança de rota levanta um debate importante no mercado imobiliário: com a perda de fôlego da caderneta de poupança, tradicional fonte de recursos para o crédito habitacional, o setor se vê diante da necessidade de buscar alternativas mais estruturadas. 

As propostas em discussão, como o uso do depósito compulsório ou LCI/FII, parecem soluções pontuais e menos sustentáveis no longo prazo. Incorporadoras devem participar ativamente desse debate, já que o modelo de financiamento impacta diretamente a viabilidade dos projetos, enquanto corretores e imobiliárias precisam acompanhar de perto as condições de crédito, pois, embora a demanda por imóveis siga elevada no Brasil, é o acesso ao financiamento que limita a conversão. Fica a reflexão de que talvez não haja, no futuro, uma fonte tão estável quanto a poupança, e que discussões sobre funding tendem a se tornar mais frequentes, exigindo um olhar estratégico do setor.


O mercado de escritórios retorna o crescimento em São Paulo.

A recuperação do mercado de escritórios em São Paulo, com a queda da taxa de vacância, é um sinal positivo para o setor imobiliário. A valorização de Pinheiros como um novo polo corporativo é um movimento interessante, indicando uma busca por espaços mais acessíveis e eficientes, sem perder a qualidade. Isso pode gerar novas oportunidades para investidores e desenvolvedores que souberem identificar e atender a essa demanda.

No entanto, a análise do Itaú BBA, sobre os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) de lajes corporativas é cautelosa. Apesar do potencial de ganho de capital, a alta alavancagem e a carência de imóveis de alta qualidade em alguns portfólios representam riscos. A performance negativa do setor no segundo semestre de 2024 reforça a necessidade de uma análise criteriosa antes de investir.

Em suma, o mercado de escritórios em São Paulo mostra sinais de aquecimento e crescimento – especialmente no primeiro trimestre de 2025, com Pinheiros emergindo como um destaque, sobretudo com a queda da taxa de vacância. Para os FIIs de lajes corporativas, há oportunidades, mas a seleção deve ser criteriosa, focado em fundos com ativos de qualidade, boa gestão e riscos controlados, especialmente em um cenário de recuperação que ainda apresenta desafios.

A matéria  evidencia que o mercado de imóveis comerciais vem melhorando, em questão de vacância. Podemos observar além dos tradicionais, outros bairros se destacando – que apresentam boa localização, infraestrutura e oportunidades em preço e oferta. É importante ficar atento às oportunidades.


Mesmo com desaceleração em Maio, os preços do aluguel residencial seguem crescendo.

O Índice FipeZAP de Locação Residencial registrou uma desaceleração no aumento dos preços de aluguel em maio de 2025, interrompendo uma tendência de aceleração observada nos meses anteriores.

Imóveis de um dormitório apresentaram um aumento mais expressivo, enquanto unidades maiores tiveram variação mínima. No acumulado do ano e nos últimos doze meses, o aluguel residencial superou outros índices de inflação, com todas as localidades monitoradas registrando valorização no período de um ano. O preço médio de locação por metro quadrado variou entre as cidades, com São Paulo apresentando o valor mais alto. A rentabilidade do aluguel, embora positiva, ficou abaixo da rentabilidade projetada para aplicações financeiras de referência.

Em suma, a desaceleração pode ser um sinal de que o mercado está buscando um ponto de equilíbrio onde a oferta e a demanda, influenciadas pela capacidade de pagamento da população e pela dinâmica de construção de empreendimentos, começam a se ajustar. Essa mudança no ritmo pode, inclusive, incentivar a busca por alternativas de negociação mais flexíveis, com o intuito de manter a ocupação e a rentabilidade em patamares saudáveis.


Uma marca