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Datazap Report

DataZAP Report #73

23/07/2025
Datazap Report

DataZAP Report #73

23/07/2025

Incorporadoras aceleram lançamentos e vendas no segundo trimestre.

Impulsionado em grande parte, pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), o mercado imobiliário brasileiro teve um desempenho expressivo no segundo trimestre de 2025, que registrou um crescimento de 28% nos lançamentos, quando comparado com o mesmo período do ano passado,  pela atuação consistente do segmento do médio e alta renda, com destaque para a Cyrela. Mesmo diante de uma demanda aquecida e de um cenário de emprego favorável, o setor continua enfrentando desafios, especialmente devido ao encarecimento do crédito imobiliário, fator que impõe maior cautela nas decisões.

Essa dualidade nos resultados exige abordagens estratégicas diferenciadas. Para imobiliárias e corretores, o aumento de lançamentos, em especial no MCMV, abre um vasto leque de oportunidades de vendas. No entanto, a alta no custo do crédito exige uma maior especialização para auxiliar clientes a superar as barreiras de financiamento, tornando a consultoria financeira um diferencial competitivo.

Para as incorporadoras, o cenário favorece uma consolidação de mercado. Empresas de grande porte e com solidez financeira, como a Cyrela, tendem a ampliar seu domínio, pois possuem maior facilidade em obter financiamentos para novos projetos e oferecer condições mais atrativas aos compradores. Em suma, o sucesso atual do mercado imobiliário depende diretamente da capacidade de navegar no ambiente de crédito restritivo. Corretores precisarão ser mais criativos na busca por soluções de financiamento para seus clientes, enquanto incorporadoras necessitarão de capital robusto para manter o ritmo de lançamentos e a competitividade.


Recorde de inadimplência pressiona o mercado imobiliário e exige novas estratégias.

O número de inadimplentes no Brasil chega a 70 milhões, e o alto número impacta diretamente no setor imobiliário, principalmente no mercado de locações, conforme destacado pela Veja. Esse cenário crítico exige uma profissionalização e prevenção intensificadas por parte das imobiliárias, que precisam aprimorar a análise de risco e a gestão de contratos para garantir a segurança das transações e proteger os proprietários. A aprovação de um projeto de lei para despejo extrajudicial visa desburocratizar as relações locatícias, mas demanda atenção para evitar abusos.

Este cenário de alta inadimplência, exige uma reavaliação profunda das estratégias no setor imobiliário. Para imobiliárias e corretores, a prioridade deve ser aprimorar a análise de risco e a gestão de contratos, buscando maior segurança nas transações. É fundamental investir em processos que permitam antecipar e mitigar os riscos de não pagamento, protegendo os interesses dos proprietários e garantindo a sustentabilidade do negócio. Para as incorporadoras, o aumento do endividamento geral pode impactar a demanda por novos empreendimentos e a capacidade de acesso ao crédito imobiliário, exigindo flexibilidade nas condições de venda e locação. A mudança legislativa, embora traga potencial para agilizar a resolução de conflitos, também demanda atenção para assegurar sua correta aplicação e garantir a segurança jurídica para todos os envolvidos.


Caixa projeta R$138 bi para crédito imobiliário no 2º semestre e anuncia linha de crédito para reformas.

A Caixa Econômica Federal planeja injetar mais R$138 bilhões no crédito imobiliário em 2025, visando alcançar R$250 bilhões em contratações anuais. Essa iniciativa, impulsionada por um novo pacote governamental e a criação de linhas de crédito para a classe média e  para reformas de imóveis, busca estabilizar o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e impulsionar o mercado habitacional, apesar do aumento da Selic.

Essa injeção de recursos e a diversificação das linhas de crédito terão impactos significativos no setor imobiliário. Para imobiliárias e corretores, espera-se um aumento na demanda por imóveis, pela  abertura de novos nichos de mercado,  e uma maior facilidade de financiamento, exigindo atualização sobre as novas condições. Já para as incorporadoras, o cenário é de estímulo a novos lançamentos, com a demanda aquecida e a previsibilidade do crédito permitindo um planejamento de longo prazo mais robusto. A nova linha para a classe média e as oportunidades em reformas, representam áreas promissoras para o desenvolvimento de projetos e vendas, consolidando um ambiente favorável para o crescimento das diferentes atuações do setor.


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