As principais notícias do mercado imobiliário entre 11 e 17 de setembro, comentadas por nossos especialistas.

CIB: Mais segurança imobiliária ou IPTU mais alto?
A matéria da Exame de 9 de setembro de 2025 aborda a criação do Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), que funcionará como um “CPF” para cada imóvel no país. O sistema, integrado ao Sinter (Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais), unificará dados dispersos entre prefeituras, cartórios e órgãos federais, com implementação iniciando nas capitais em 2026. A principal preocupação é que a medida pode resultar no aumento do IPTU, embora não altere as alíquotas diretamente, o CIB fornecerá dados mais precisos sobre o valor de mercado dos imóveis, levando à correção dos valores venais que servem de base para o cálculo do imposto.
O CIB permitirá à Receita Federal acessar valores de mercado atualizados e reais dos imóveis, corrigindo a defasagem histórica entre valores venais (base do IPTU) e preços praticados no mercado. Para imobiliárias e corretores, a unificação dos dados trará mais segurança e transparência às transações, facilitando a verificação do histórico e da situação legal dos imóveis, o que pode agilizar processos de compra, venda e aluguel. Por outro lado, a maior fiscalização exigirá uma formalização completa de todas as operações, combatendo práticas informais e garantindo o recolhimento de tributos. Para incorporadoras, haverá maior segurança jurídica para a aquisição de terrenos e desenvolvimento de projetos, já que a clareza sobre a situação fiscal e registral dos imóveis pode reduzir riscos. No entanto, a atualização dos valores venais pode impactar o custo de aquisição de terrenos e o cálculo de impostos relacionados aos empreendimentos. A maior precisão fiscal eliminará a tradicional subavaliação de imóveis, transformando o IPTU de um imposto historicamente subestimado em uma carga tributária mais representativa do patrimônio real.
Leia mais: https://exame.com/mercado-imobiliario/sua-casa-vai-ter-um-cpf-o-iptu-vai-ficar-mais-caro-por-isso/
Por que as fachadas ativas não conseguem ser comercializadas.

A matéria do site MetroQuadrado expõe uma crise de valorização no mercado imobiliário de São Paulo. O insucesso de um leilão pioneiro de fachadas ativas, onde nenhuma oferta foi feita apesar do grande número de visualizações, revela que as incorporadoras estão precificando esses espaços comerciais com uma lógica residencial, que não se aplica ao varejo. Esse desalinhamento, somado a projetos arquitetônicos inadequados que ignoram as necessidades básicas dos comerciantes, transformou uma iniciativa urbanística promissora em um problema de liquidez, com inúmeras “fachadas fantasmas” espalhadas pela cidade.
Esta situação impacta diretamente o setor, forçando as incorporadoras a reavaliarem seus projetos e estratégias de preço para evitar prejuízos com a vacância. Para corretores e imobiliárias, surge a oportunidade de se especializarem na avaliação e comercialização desses ativos complexos, prestando consultoria para adequar os espaços e conectando incorporadoras a varejistas com demandas específicas.
O mercado precisará amadurecer, possivelmente através de modelos como leilões com preços mais baixos, para encontrar um ponto de equilíbrio e realizar o potencial das fachadas ativas. Embora o conceito de fachada ativa seja urbanisticamente positivo, sua execução foi falha por uma visão focada apenas no benefício construtivo, e não na viabilidade comercial.
Cenários como este reforçam a importância de decisões baseadas em dados concretos do mercado. Nossa equipe de especialistas está pronta para apoiar você na análise e interpretação de tendências imobiliárias. Conheça a Geoimovel, a plataforma que monitora lançamentos imobiliários em todo o Brasil, uma fonte estratégica para os players imobiliários que buscam decisões embasadas e assertivas.
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Leia mais: https://metroquadrado.com/comercial/quanto-vale-uma-fachada-ativa-nem-as-incorporadoras-sabem/

Nordeste em alta: Segundo maior mercado imobiliário bate recordes de vendas.
A matéria do site Isto é Dinheiro traz como o mercado imobiliário do Nordeste brasileiro tem se consolidado como um dos mais promissores do país, apresentando uma demanda “extremamente abrangente” que atende a todas as faixas de renda, conforme destacou Diego Villar, CEO da Moura Dubeux, em entrevista publicada em 11 de setembro de 2025. A região, que é a segunda mais populosa do Brasil e consequentemente o segundo maior mercado imobiliário nacional, tem registrado números expressivos de vendas – com cidades como Recife alcançando mais de R$1 bilhão em vendas em apenas seis meses. Essa performance robusta reflete uma demanda diversificada que vai desde os programas habitacionais do Minha Casa Minha Vida (Faixas 1, 2 e 3) até o segmento alto padrão, que busca imóveis com atributos superiores de lazer e conforto.
A estratégia bem-sucedida da Moura Dubeux de diversificação de produtos para diferentes públicos ilustra o potencial do mercado nordestino de absorver ofertas segmentadas. A incorporadora, maior da região, desenvolveu marcas específicas como Mood e Única para atender famílias com rendas que variam de R$4,7 mil a R$15 mil mensais, demonstrando a capacidade do mercado de comportar produtos adaptados às necessidades locais. Para imobiliárias e corretores, esse cenário representa oportunidades ampliadas de vendas em todos os segmentos, permitindo maior diversificação de portfólio. Para incorporadoras, o momento é de capitalizar sobre um mercado dinâmico e com grande liquidez, especialmente através de estratégias de nicho e projetos inovadores como retrofits, que têm apresentado resultados promissores em Salvador e Recife (Hotel Bahia Othon Palace).
Leia mais: https://istoedinheiro.com.br/moura-dubeux-ceo-demanda-nordeste