Conheça as variações anuais entre bairros na participação da demanda por imóveis anunciados em nossos portais nas cidades aniversariantes do mês de Setembro: Blumenau (SC) e Vitória (ES).
E o novo ciclo se inicia?
Desde fevereiro de 2021 quando se iniciou o ciclo de crescimento da taxa selic há uma expectativa para o seu encerramento. Ao sair do patamar histórico de 2% para 2,75% com um rápido processo de aceleração, ao ponto que no período de uma ano – fevereiro de 2022 – já alcançava o valor de 10,75%, os agentes aguardavam a finalização desta fase e o início do processo de redução, e assim como preconizado por edições anteriores, essa se iniciou recentemente, no segundo semestre de 2023, mais precisamente na última reunião do Conselho Monetário (Copom) em agosto.
Reforçado pelo comitê a necessidade de uma processo moderado de queda, o mesmo indica que a magnitude de flexibilização monetária, ou seja, da redução dos juros, dependerá de fatores como atividade econômica e o próprio processo inflacionário com a esperança de alcançar 9% em dezembro de 2024.
Contudo, as expectativas estão a favor dos dois indicadores. No quesito atividade econômica, essa tem surpreendido positivamente, no primeiro trimestre de 2023 o crescimento foi de 1,9% com o mercado de trabalho resiliente. Considerando as projeções, o Brasil foi o país, entre os monitorados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) com a maior revisão de crescimento para o ano de 2023 com uma variação positiva de 1,2 pontos percentuais. Assim, se no início do ano a perspectiva era de estagnação, até o momento a expectativa é que o ano se encerre com um crescimento próximo de 2,3%.
Além disso, em conjunto ao crescimento da atividade, o Brasil tem reduzido a inflação. Um sinal de alerta para esse cenário poderia ser a mais recente variação positiva do IPCA de 3,2% para 4% no acumulado em 12 meses, entre julho e agosto, contudo o mesmo era esperado uma vez que essa elevação é um reflexo do fim das desonerações aplicadas ainda ano passado, mesmo com uma elevação até o final do ano é aguardado o seu retorno para os limites da meta de inflação em fevereiro de 2024.
Para o mercado imobiliário, essas são boas notícias, pois caso o novo ciclo fosse adiado esse seria um indicativo de uma possível forte desaceleração para o setor. Depois dos últimos anos recordes para concessão do crédito para aquisição de imóveis que esquentaram o mercado de compra e venda, que resistiram mesmo em um momento em que o mercado já não era mais tão favorável. O primeiro semestre de 2023 ainda alcançou o valor aproximado de 75 bilhões de reais de concessão de crédito para a aquisição de imóveis (considerando a inflação de julho/2023), valor esse superior ao arrecadado no primeiro semestre de cada um dos anos entre 2015 a 2020. Além de uma recomposição dos preços dos aluguéis desde o segundo semestre do ano passado, com o FipeZAP+ Aluguel alcançando em média uma valorização de 16,3% ao mês.
Desta forma, se as expectativas forem confirmadas, desenha-se para o ano de 2024 um cenário otimista para o mercado imobiliário e a economia brasileira como um todo.
Larissa Gonçalves, em nome do DataZAP+