TALK TO A REPRESENTATIVE
Radar Imobiliário

32ª Edição – Radar Imobiliário

09/12/2023
Radar Imobiliário

32ª Edição – Radar Imobiliário

09/12/2023

Conheça as variações anuais entre bairros na participação da demanda por imóveis anunciados em nossos portais nas cidades aniversariantes do mês de Dezembro: Maceió (AL) e Belo Horizonte (MG).

Fiscal na imprensa e inflação sob controle

Nas últimas semanas, os mais atentos às notícias sobre a economia brasileira tiveram sua atenção chamada ao aceno do governo a não cumprir a meta fiscal no ano que vem. O presidente falou publicamente que a meta fiscal não precisava ser zero e que isso não era um compromisso do governo, gerando desconforto nos mercados financeiros e uma enxurrada de notícias mostrando os impactos negativos do aceno. Poucas semanas depois, o governo renovou seu compromisso com meta fiscal (de déficit 0 em 2024) ao comunicar que não enviaria lei alterando a meta já estabelecida.

Por que tantas notícias? Por que isso importa para nosso setor?

A crise de 2015 e 2016 se origina de contas públicas insustentáveis. Apesar do Teto de Gastos (2º semestre de 2016) ter aliviado o problema, a sustentabilidade política do Teto sempre foi questionada. O Teto de Gastos caiu com a pandemia e agora foi substituído pelo Arcabouço Fiscal. O que está em questão é se o Brasil como país consegue seguir em uma trajetória fiscalmente sustentável, o que é fundamental para o controle da inflação e menores taxas de juros. Portanto, o tema é importante e sempre aparece, pois ao sinalizar menor compromisso com resultados fiscais no Brasil, as administrações estão apontando maior probabilidade de taxas mais altas de inflação e juros em um futuro próximo. 

Outro tópico bastante noticiado foi a retração da economia brasileira capturado pelo indicador de atividade econômica do Banco Central no 3º trimestre (dessazonalizado e ante ao trimestre anterior). Mesmo que o 4º trimestre também seja de recuo da economia, o PIB do ano deve crescer por volta de 2,7%. O esfriamento da economia é o resultado da alta taxa Selic e casa com o controle da inflação. Por hora, o que esses dados nos dizem é que o ciclo de cortes da Selic deve continuar sem grandes obstáculos. 

Dessa forma, a reafirmação do governo e os últimos dados disponíveis nos asseguram sobre menores taxas de juros e um 2024 mais positivo do que 2023 para comprar e vender de imóveis. Vale, no entanto, monitorar o comportamento das contas do governo, pois elas impactam no patamar das taxas de juros, as quais, segundo os dados de atividade econômica, têm espaço para cair.

Pedro Tenório, em nome do DataZAP

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