Bairros com ‘vazios imobiliários’ puxam alta e Campinas tem maior aumento no preço de aluguel do país
Crescimento nos valores de locação na metrópole supera capitais como Curitiba e Goiânia e cidades litorâneas, como Santos e Praia Grande.
Levantamento do DataZAP mostra que Campinas (SP) registrou 23,02% de aumento nos preços de aluguel nos últimos 12 meses, percentual que colocou o município em primeiro lugar entre as 25 cidades pesquisadas no país.
Bairros ou regiões da cidade com baixa oferta e alta procura de imóveis puxaram a disparada nos valores de locação, segundo o índice que analisa a variação de preços do mercado imobiliário no Brasil.
A metrópole teve aumento superior a capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília, e cidades do litoral, como Santos (SP), Praia Grande (SP) e Niterói (RJ). Além disso, superou a média nacional e os índices oficiais de inflação no período.
Imóveis de luxo na Vila Madalena ficaram 44% mais caros em um ano
Alta demanda impulsiona preços e aquece mercado imobiliário da região.
Os imóveis de luxo na Vila Madalena, um dos bairros mais populares de São Paulo, estão mais caros. Em um ano, o preço do metro quadrado das propriedades avaliadas em mais de R$ 2 milhões valorizou 44,5%, segundo levantamento realizado pela Bossa Nova Sotheby’s International Realty, imobiliária especializada em imóveis de alto padrão.
No primeiro trimestre de 2023, o custo do metro quadrado era de R$ 15,7 mil. No primeiro trimestre deste ano, o número saltou para R$ 22,7 mil. “Observa-se um aumento na demanda por imóveis deste segmento na região. Para atender esta vazão, estão surgindo empreendimentos cada vez melhores”, analisa Denise Ghiu, Chief Data Officer da Bossa Nova.
“Ao mesmo tempo, as pessoas que moram no bairro não querem sair de lá, o que torna as negociações mais raras”, complementa Denise. Segundo o levantamento, o valor médio pago para comprar um imóvel de alto padrão na Vila Madalena saltou de R$ 3,65 milhões para R$ 3,92 milhões em um ano – uma alta de 7,4%.
Não à toa, os imóveis avaliados entre 6 e 10 milhões representavam 17% das vendas em 2023. Neste ano, eles saltaram para 32% dos imóveis vendidos.
Por outro lado, no primeiro trimestre de 2023, 38% dos imóveis de luxo comprados no bairro custaram entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões, de acordo com o estudo da Bossa Nova. Já no primeiro trimestre deste ano, a proporção de imóveis vendidos enquadrada nestes valores caiu para 31%.
Mercado de luxo: 65% dos imóveis em construção na Grande Vitória são de médio e alto padrão
A crescente demanda por qualidade de vida, evidenciada pela busca por imóveis exclusivos, com localização privilegiada, design inovador e acabamentos de alto padrão, tem impulsionado o segmento de imóveis de luxo no Espírito Santo.
O mercado atrai um público seleto e exigente. Para eles, o conceito de luxo trata-se não apenas de sofisticação, conforto e segurança – também abrange comodidade e praticidade, elementos essenciais que facilitam o dia a dia e ajudam a otimizar o tempo.
Atentas à procura por esses empreendimentos luxuosos, incorporadoras e construtoras estão alinhando suas estratégias às tendências do mercado, conforme mostra o 42º Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES).
De acordo com o levantamento, das unidades residenciais em processo de construção na Grande Vitória, 9.408 estão enquadradas como médio e alto padrão (MAP), representando 64,87% do total. Já o segmento econômico (ECO), concentra 35,13%, o que equivale a 5.095 unidades.
O município, aliás, é o maior canteiro de obras do Estado atualmente, de acordo o 42º Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES). Apenas no segundo semestre de 2023, Vila Velha recebeu 48,9% do total de novas unidades lançadas em todo o Estado.
Além de Jockey de Itaparica, os bairros Praia de Itaparica, Praia da Costa, Itapuã, Centro de Vila Velha, Coqueiral de Itaparica e Residencial Coqueiral compõem a região da cidade com o maior número de unidades em construção, somando 6.271 novas unidades.