Santa Catarina Emergindo como Epicentro da Valorização Imobiliária no Brasil
A geografia da valorização imobiliária no Brasil está passando por uma notável mudança, deslocando-se gradualmente do Sudeste para o Sul do país, mais especificamente em Santa Catarina. Cinco cidades catarinenses se destacam recentemente no ranking de valorização divulgado pelo FipeZAP: Balneário Camboriú lidera com um aumento de 22,4% no valor dos imóveis nos últimos doze meses, seguida por São José (20,2%), Itapema (19,3%), Itajaí (15,4%) e Blumenau (14,3%). Balneário Camboriú se destaca ainda mais, com o metro quadrado residencial cotado a impressionantes R$ 12.335, superando capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. A cidade também é conhecida por sua verticalização e atrai investidores de todo o país, incluindo celebridades como Neymar, que recentemente adquiriu uma cobertura avaliada em R$ 60 milhões em um dos edifícios mais altos do Brasil.
O sucesso do mercado imobiliário catarinense pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo altos índices de segurança, praias deslumbrantes e infraestrutura bem mantida. Florianópolis, a capital do estado, também se destaca pela sua qualidade de vida, sendo uma das cinco capitais com metro quadrado mais caro do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo, Vitória e Rio de Janeiro. A cidade se diferencia pelo seu plano diretor voltado para a preservação e sustentabilidade, limitando o número de lançamentos imobiliários devido às preocupações com o adensamento urbano.
Além disso, o mercado imobiliário em Santa Catarina é caracterizado pelo luxo e detalhes de serviço e lazer comparáveis a resorts de alto padrão. Jurerê Internacional, por exemplo, possui um valor de metro quadrado equivalente a bairros nobres como Itaim Bibi em São Paulo ou Leblon no Rio de Janeiro, com o metro quadrado cotado a incríveis R$ 50.000. Com poucas oportunidades de expansão devido às regulamentações municipais, as empresas do setor estão investindo em destinos com terrenos maiores, como o Viva Park em Porto Belo, uma hora de distância de Florianópolis, que reúne uma variedade de opções de propriedades e serviços de alto padrão, representando uma nova fronteira de crescimento para o mercado imobiliário catarinense.
Ribeirão Preto: O Mercado Imobiliário em Ascensão e o Potencial de Investimento
O mercado imobiliário de Ribeirão Preto está aquecido: as vendas de imóveis já movimentaram mais de R$ 2 bilhões somente em 2023. A situação favorável traz uma boa oportunidade para que empresas de outros municípios invistam na cidade.
Os dados do inédito Brasil City Brand Ranking orgulham muitas cidades Brasil afora, especialmente as cidades do interior de São Paulo. A pesquisa feita pela Bloom Consulting analisou a performance dos 100 municípios brasileiros mais populosos nos quesitos visitar, viver e investir e, dentre alguns dados muito interessantes, mostrou Ribeirão Preto entre as 10 principais cidades para negócios da região.
Os dados mais recentes da ABRAINC mostram que mais de 60% desses empreendedores acreditam que 2023 será um ano melhor do que 2022 no setor imobiliário. Esse aumento do mercado imobiliário em 2023 é também confirmado pelo Banco Central, que acredita na tendência de que novos projetos imobiliários saiam do papel. Ribeirão Preto se destaca entre as maiores taxas de crescimento.
Mercado Imobiliário Brasileiro Mantém Alta com Valorização de Unidades de Um Dormitório
O mercado imobiliário brasileiro continua a apresentar um crescimento notável nos preços das residências, superando as taxas de inflação. Em contraste com a deflação de 0,14% registrada pelo IGP-M e o aumento moderado de 0,28% no IPCA em agosto, os preços de venda de imóveis residenciais aumentaram consideravelmente, com um acréscimo de 0,44% no último mês, de acordo com o Índice FipeZAP+. A média de preço por metro quadrado nas 50 cidades monitoradas atingiu R$ 8.584, sendo a maior alta observada nas unidades de um dormitório, com um aumento de 0,54% e um valor médio de R$ 10.125 por metro quadrado. Em um período de 12 meses até agosto, esses imóveis registraram uma impressionante alta de 6,92%, superando a inflação acumulada de 4,66%.
Ao considerar o número de dormitórios, observa-se que unidades de um quarto lideraram em termos de valorização, enquanto unidades de dois dormitórios apresentaram a menor alta, com uma média de R$ 7.721 por metro quadrado e um aumento de 4,75% em 12 meses. No entanto, é importante destacar que, em geral, as unidades residenciais de diferentes tamanhos continuam a valorizar, mantendo o mercado aquecido.
No contexto das capitais, 46 das 50 cidades monitoradas pelo índice experimentaram um aumento mensal nos preços residenciais. Vitória se destacou, superando São Paulo, com um valor médio por metro quadrado de R$ 10.626, enquanto a capital paulista registrou R$ 10.528. Essa tendência de alta também foi refletida em regiões específicas, como Itaim Bibi e Pinheiros, na cidade de São Paulo, onde o metro quadrado alcançou impressionantes R$ 16.235.
Por outro lado, Balneário Camboriú (SC) continua a ser a cidade com o metro quadrado mais caro do país, com um preço médio de venda de R$ 12.435. Por outro lado, Betim (MG) registrou o metro quadrado mais barato do Brasil, com apenas R$ 3.757, seguido por Pelotas (RS) e São Vicente (SP), com preços médios de R$ 4.160 e R$ 4.199 por metro quadrado, respectivamente. Essas discrepâncias de preço destacam a diversidade do mercado imobiliário brasileiro, que continua a evoluir em resposta às demandas e condições econômicas locais.