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Geo Análise

Geoimovel Report #36

17/05/2024
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17/05/2024

Juros elevados geraram efeito montanha-russa no mercado imobiliário, diz DATAZAP

As vendas de apartamentos acima de R$1 milhão e abaixo de R$350 mil foram as que mais cresceram no ano passado na capital paulista, o que deixou a classe média sem muitas opções em áreas mais nobres da cidade.

Segundo o Anuário DataZAP, elaborado pelo braço de inteligência imobiliária do Grupo OLX, os imóveis de alto padrão registraram um crescimento de 72% nas vendas —totalizando 6.158 apartamentos.

Na outra ponta, a comercialização de imóveis mais econômicos, de até R$ 350 mil, teve alta de 13% —40.524 unidades.

Na faixa entre R$ 350 mil e R$ 1 milhão, houve retração de 6% nas vendas, que somaram 34.600 unidades.

Segundo Coriolano Lacerda, gerente de inteligência de mercado no Grupo OLX, os juros elevados acabam impulsionando mais negócios nas “extremidades”. Isso porque a alta renda depende menos de empréstimos e a baixa renda recorre a subsídios que facilitam o financiamento.

A classe média ficou mais exposta e isso influenciou as incorporadoras, que fizeram menos lançamentos para esse público.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2024/05/juros-elevados-geraram-efeito-montanha-russa-no-mercado-imobiliario-diz-olx.shtml

Demanda alta e oferta baixa devem manter juros elevados, com chance de subir

A queda na taxa de juro do crédito imobiliário – tão aguardada após o começo do ciclo de redução da Selic no ano passado – ainda está distante de se tornar realidade, segundo analistas e instituições consultados. Existem fatores que até pressionam os bancos a elevar os juros no curto prazo em razão da demanda aquecida por crédito e da escassez de fontes mais baratas para novos empréstimos.

O presidente da Abecip, Sandro Gamba, disse que não vê brechas para cortes nas taxas. Questionado se acredita em movimentos de alta, Gamba disse apenas que “é preciso monitorar o mercado”.

O juro médio do crédito imobiliário para pessoas físicas com taxas de mercado está na faixa de 11,6%, segundo dados do Banco Central (BC).

Na visão do presidente da Abecip, o mercado tem se mostrado resiliente. Os financiamentos atingiram R$ 255 bilhões em 2021, R$ 241 bilhões em 2022 e R$ 251 bilhões em 2023 – os três maiores volumes da história. Para este ano, é esperado um novo recorde histórico de R$ 259 bilhões.

Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, reduziu o ritmo de queda da Selic de 0,5% para 0,25%. Agora a taxa Selic está em 10,5% ao ano.

https://www.estadao.com.br/economia/negocios/credito-imobiliario-juros-altos-oferta-e-demanda

Valor de mercado de empresas do setor imobiliário cresce 64% em 2023 

Em um ano marcado pela retomada das vendas de imóveis e pelo início da trajetória de queda da taxa de juros, o valor de mercado das empresas do setor imobiliário cresceu 64,6% em 2023 na Bolsa, chegando ao total de R$45,7 bilhões. O salto do setor representa quase três vezes mais do que o registrado pelo índice Ibovespa, que subiu 22,3% no ano.

Um dos motivos que levaram a isso foi o aumento, promovido pelo governo federal, do teto do financiamento de projetos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que passou de R$264 mil para R$350 mil. Também ajudou a ampliação do prazo de pagamento do financiamento pela Caixa Econômica Federal, que foi de 360 para 420 meses. Com isso, as empresas que mais cresceram em valor de mercado em 2023, em porcentuais, foram Tenda, Plano&Plano e Moura Dubeux, voltadas a habitações populares. No caso da Tenda, o aumento foi de 327%.

Em valores absolutos, a Cyrela foi a incorporadora que mais cresceu na Bolsa no ano passado. A empresa lidera o segmento no quesito valor de mercado, tendo começado o ano passado valendo R$4,9 bilhões e chegado ao fim de dezembro valendo mais de R$9 bilhões. Apesar de ser conhecida no segmento de luxo, a Cyrela tem outras marcas que atuam em faixas de preços mais acessíveis. A Living atua no setor médio-alto, com apartamentos de R$350 mil a R$1,2 milhão, enquanto a Vivaz atua dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, com oferta de imóveis de até R$350 mil.

Para o analista de fundos imobiliários da Empiricus Research, Caio Nabuco, 2023 foi importante para a venda de imóveis mais antigos, que estavam no estoque das companhias, dando lugar a lançamentos.

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